segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Ex-ministro acusa Governo de criar “clima angustiante” aos portugueses - Renascença

Ex-ministro acusa Governo de criar “clima angustiante” aos portugueses - Renascença

É muito crítica a tomada de posição do ex-ministro e presidente da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES), Luís Campos e Cunha, sobre as medidas adoptadas pelo Governo.

“Não há uma coerência nas políticas, não há uma estratégia e, portanto, as medidas são soltas e isso cria uma grande incerteza para o futuro”, afirma à Renascença.

“As alterações aos impostos contam-se pelas dezenas. Não tem a mínima ideia de quanto vai pagar de IMI ou de IRC, de IRS ou IVA. Tudo isso cria um clima de incerteza que é angustiante para o cidadão, cria infelicidade e mal-estar e, além disso, prejudica o investimento”, acusa o antigo ministro de José Sócrates.

As críticas constam num documento da SEDES, onde também se fala da ausência de reforma na Segurança Social. Luís Campos e Cunha diz que os cortes anunciados nas pensões nada têm a ver com a sustentabilidade do sistema, mas apenas com questões de equilíbrio orçamental.

Numa tomada de posição divulgada no seu site, a SEDES defende ainda que a ideia de que o Estado está falido e que tudo é aceitável é "um erro grave".

"O acordo com a 'troika' fez-se exactamente para evitar essa falência", argumenta a associação, acrescentando que, embora não seja perfeito, o acordo "evitou o pior".

O documento salienta também que "a incerteza e a violação do Estado de Direito" têm afundado mais a economia do que a austeridade. Através de “erros de comunicação, políticas erráticas e decisões fora de tempo, criou-se uma incerteza absolutamente desnecessária e um ambiente de desconfiança em relação ao Estado de Direito incompatível com a recuperação da economia, do investimento e do emprego. Ninguém confia em quase nada que seja prometido pelo Governo", critica a SEDES.

Exemplo disto é o que tem sido anunciado sobre as pensões e as reformas: "o Governo descredibilizou e retirou certeza jurídica ao sistema de pensões sem proceder a qualquer reforma visível", critica a associação, segundo a qual a ideia de que o sistema de pensões deve promover a redistribuição do rendimento é errada – ela deve ser feita, primeiro, por via do IRS, tributando os rendimentos mais altos, e segundo, através do apoio às famílias mais carenciadas.

"Nesta visão em que o sistema de pensões é um contrato entre o Estado e o Cidadão (contrato, aliás, imposto unilateralmente pelo Estado), não se entende a campanha sobre uma suposta insustentabilidade do sistema, pois essa mesma exigência se poderia aplicar às PPP [parcerias publico-privadas] rodoviárias ou aos apoios a energias renováveis, por exemplo, que são contratos muito mais susceptíveis de serem postos em causa", prossegue o documento.

A diferença, explica a SEDES, é que nestes casos o Estado terá de enfrentar em tribunal "empresas fortes, apoiadas em bons advogados e com tempo para esperar", enquanto no caso das pensões "tem pela frente pessoas frágeis e que já não têm o tempo necessário para esperar por decisões tardias de tribunais"

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Promiscuidade Público/Privado

Auditoria identifica médicos em "situação de conflito de interesses"

O Tribunal de Contas identificou médicos que encaminhavam crianças da Maternidade Alfredo da Costa para serem operadas no Hospital da Cruz Vermelha, onde também trabalhavam, o que representa uma "situação de conflito de interesses".

O caso é relatado numa auditoria de seguimento das recomendações do Tribunal de Contas à execução do acordo de cooperação entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e a sociedade que explora o Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (HCV).

O Tribunal recorda que os utentes da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) que necessitavam eram previamente observados, na MAC, por "especialistas de cardiologia pediátrica, em regime de prestação de serviços".

"Estes especialistas averiguavam a necessidade de correção cirúrgica ou de internamento específico num serviço de cardiologia pediátrica", inexistente na MAC.

Estes contratos de prestação de serviços, "ao abrigo dos quais aqueles especialistas exerciam funções na MAC, foram celebrados entre esta e a MPM - Consultadoria e Gestão" e "o seu período de vigência decorreu entre maio de 2009 e dezembro de 2011".

"O representante legal da MPM - Consultadoria e Gestão, que assinou o contrato de prestação de serviços é acionista, presidente da Comissão Executiva e diretor clínico da CVP -Sociedade de Gestão Hospitalar [que gere o HCV], além de integrar o corpo clínico desta sociedade", lê-se no documento.

Segundo o Tribunal, "também especialistas de cardiologia pediátrica que asseguraram a prestação de serviços da MPM integram o corpo clínico da CVP, tendo intervindo, na MAC, em procedimentos de referenciação em que estão em causa interesses da sociedade de gestão".

"Trata-se de uma situação de conflito de interesses que, além de ser suscetível de comprometer a isenção e o rigor do processo de referenciação dos utentes, viola o estabelecido nos acordos de cooperação relativamente aos recursos humanos da CVP - Sociedade de Gestão Hospitalar que impedem o exercício simultâneo de atividades em estabelecimentos do SNS".

O Tribunal verificou ainda que, entre 2009 e 2011, "continuaram a existir referenciações de utentes pelo Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), no âmbito dos acordos de cooperação, com a participação de outro médico especialista, em regime de prestação de serviços, que exerce atividade simultânea" no Hospital da Cruz Vermelha.

Nesses anos, prossegue o Tribunal confirmou-se "a presença de outros dois prestadores de serviços no Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca na mesma situação de exercício simultâneo de atividade neste hospital e no Hospital" da Cruz Vermelha, em "violação dos acordos de cooperação, embora não tenham sido identificados como intervenientes nos processos de referenciação".

Hospitais públicos (MAC, Amadora-Sintra) e um privado com participação do Estado (CVM) e uma empresa privada de contratação de consultoria e gestão (MPM) cujo representante legal é acionista, presidente da Comissão Executiva e diretor clínico da CVP -Sociedade de Gestão Hospitalar [que gere o HCV], além de integrar o corpo clínico desta sociedade & médicos público/privados.

Uma autêntica mixórdia de interesses. Dito de outra forma, a promiscuidade público/privado ao seu melhor nível!

Novo hospital de Lisboa outra vez na calha mas com novo contrato - Renascença

Novo hospital de Lisboa outra vez na calha mas com novo contrato - Renascença

O Governo relança a construção do novo Hospital Oriental de Lisboa, mas com novo contrato. A poupança estimada chega aos 166 milhões de euros.

A notícia é avançada na edição desta quinta-feira do “Jornal de Negócios”, segundo o qual os Ministérios da Saúde e das Finanças vão anular o actual concurso para a construção do novo hospital, em parceria público privada, e lançar um novo procedimento.

Em Março, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, avisava que o hospital iria ser construído mas não a todo o custo. Foi nessa altura que deu posse à comissão de avaliação que, durante os últimos setes meses, analisou os prós e contras da construção desta unidade de saúde.

Foi nas recomendações da comissão que o executivo se baseou para a actual decisão. O relatório apontava risco para o Estado, mas ao mesmo tempo recomendava o desenvolvimento do projecto.

Assim sendo, o processo será relançado, mas noutros moldes e mais barato para o Estado português. Para trás fica a decisão que dava à Soares da Costa autorização para construir o novo hospital, mais conhecido por “Todos-os-Santos”, e que vai concentrar seis hospitais da capital.

Ainda de acordo com a notícia, o Banco Europeu de Investimento (BEI) mantém-se interessado na execução do projecto.

O custo total para a construção do novo hospital é de 600 milhões de euros. Deve estar pronto em 2017 e é considerado um dos pontos-chave para se conseguir a reorganização da rede hospitalar de Lisboa.

Será?

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

“Autocarro solidário” em tese de mestrado - Renascença


Quando se pensa numa tese de mestrado, a ideia que surge é de um “calhamaço” de papel ou, nos tempos actuais, uma "pen-drive" repleta de gráficos. Mas a Renascença encontrou um projecto de tese diferente: um autocarro reciclado, que ajuda os sem-abrigo de Lisboa.

Integrado na disciplina de Design para a Sustentabilidade do IADE, André Silva decidiu inovar e converter um autocarro numa unidade de apoio ambulante.

“Será organizado em três zonas principais: uma primeira, que tem duas unidades de duche; uma segunda, com uma zona para troca de roupa e uma terceira, dedicada ao apoio psicológico e também a uma zona onde se pode despistar alguma doença”, explica Carlos Barbosa, coordenador do núcleo de Design para a Sustentabilidade.

Perante o pedido do aluno, a empresa de autocarros públicos de Lisboa (Carris) “mostrou abertura”, mas “não há nenhum compromisso ainda”.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a associação Cais e a Comunidade Vida e Paz também já mostraram interesse em apoiar o projecto.

O coordenador espera que o aluno “tire boa nota” com o projecto, até “porque a mediatização que tem tido revela que é algo que vem ao encontro de uma necessidade real”, sustenta Carlos Barbosa.

A verdade é que os números do ano passado mostram que existem, em Lisboa, cerca de dois mil sem-abrigo.

Uma vez pronto, o autocarro, que também vai ser eco-eficiente, começa a ser testado na capital, daqui a seis meses.

Ministro Poiares Maduro está de passagem. "Nós somos Misericórdias há 500 anos" - Renascença

Ministro Poiares Maduro está de passagem. "Nós somos Misericórdias há 500 anos" - Renascença


O ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, está de costas voltadas para as instituições de solidariedade social, acusa o presidente da União das Misericórdias em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença.
Manuel Lemos diz que, apesar de 20% do novo quadro comunitário de apoio ser destinado à economia social, o sector está afastado do processo.
“Ouvi dizer que foi criada uma comissão de sábios para acompanhar o novo quadro comunitário de apoio, então e não está ninguém do sector social lá? Então o doutor Poiares Maduro quando olha para o sector social, não tem olho para olhar?”, pergunta o presidente da União das Misericórdias.
Manuel Lemos vai mais longe nas referências ao incómodo instalado entre as Misericórdias e Poiares Maduro e diz que o ministro nunca procurou as instituições sociais. “Não lhe deve interessar, nós estamos cá, existimos e não somos nós que temos que ir falar com ele, nós cooperamos com o Estado.” 
Manuel Lemos adianta: “a iniciativa pertence ao Estado e ele se quiser que venha falar connosco, não somos nós que temos que ir falar com ele [Poiares Maduro], se ele está à espera disso vai ter que esperar sentado, porque em pé vai-se cansar. Nós estamos cá há 500 anos, ele vai passar. Ele está ministro, nós somos as Misericórdias”.
Nesta entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença, Manuel Lemos manifestou preocupação com o futuro da coesão social em Portugal, mas garante que as Misericórdias manterão todo o apoio à população mais carenciada.
O presidente das Misericórdias deixou ainda críticas ao ministro da Saúde pelos “incumprimentos” em matéria de cuidados continuados, embora reconheça que “Paulo Macedo tem feito um percurso que lhe dá confiança” de que o processo de devolução de hospitais às Misericórdias, que deverá iniciar-se já no final deste ano, “correrá bem”.


Governo diz que quer ouvir todos
Esta quarta-feira de manhã, o gabinete do ministro Miguel Poiares Maduro enviou um esclarecimento à Renascença, no qual afirma que o governante tem estado a receber representantes de diferentes sectores sociais, que manifestaram interesse em ser ouvidos. Acrescenta que o Governo tem previsto ouvir responsáveis das diferentes áreas de intervenção.

"O comité de especialistas é composto apenas por especialistas nos próprios fundos e não por beneficiários das áreas de intervenção dos fundos. Há ainda bastante tempo para ouvir estes últimos, atendendo ao facto de os primeiros financiamentos apenas virem a ser dados no segundo semestre de 2014 (mesmo sendo muito mais cedo do que no quadro anterior, que demorou dois anos). Em qualquer caso, o Governo tem previsto ouvir responsáveis e agentes nas diferentes áreas de intervenção dos fundos e uma das áreas é a Economia Social, que contará com um importante reforço de verbas", lê-se no esclarecimento escrito.

"Além disso, o Governo tem vindo a receber todos os representantes de diferentes sectores sociais que manifestaram interesse em ser recebidos desde já, sendo que nunca chegou a este gabinete qualquer solicitação nesse sentido do presidente da União das Misericórdias", finaliza.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Hospitais avisam. Menos 250 milhões significa menos qualidade - Renascença

Hospitais avisam. Menos 250 milhões significa menos qualidade - Renascença

Administradores hospitalares mostram-se apreensivos face a mais um corte na saúde
“Avizinha-se um ano de 2014 muito complicado na área da saúde”, avisa a Associação de Administradores Hospitalares. Os hospitais de maior dimensão devem ser os mais penalizados.












Os administradores hospitalares alertam para a quebra de qualidade no atendimento dos hospitais, devido à acumulação de cortes no sector da saúde, prevista no Orçamento do Estado para o próximo ano.

“A redução anunciada para o ano 2014 vem somar-se já a reduções que vêm sido feitas ao longo do último triénio. Não é, portanto, a capacidade dos hospitais de assimilar as reduções para 2014, mas sim a das consecutivas reduções que as despesas em saúde têm sofrido”, explica a dirigente da Associação de Administradores Hospitalares Marta Temido.

“Não é possível continuar a acomodar cortes sem que se prescinda de alguma coisa”, sublinha nas suas declarações à Renascença.

O sector da saúde vai ter de cortar mais de 250 milhões de euros na despesa em 2014. Trata-se de um corte de quase 4% no orçamento previsto para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Marta Temido considera que os hospitais de maior dimensão vão ter mais dificuldades, dado que as estruturas mais pequenas podem “encaminhar os doentes para outras instituições”.

“Avizinha-se um ano de 2014 muito complicado na área da saúde”, prevê.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Diploma que define articulação entre Ministério da Saúde e IPSS publicado em DR



A legislação que define as formas de articulação do Ministério da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde com as instituições particulares de solidariedade social e a devolução dos hospitais às Misericórdias foi publicada esta quarta-feira em Diário da República, avança o semanário SOL, citando a agência Lusa.

Os hospitais das misericórdias, que foram integrados no sector público e são actualmente geridos por estabelecimentos ou serviços do SNS, podem ser devolvidos às instituições mediante a celebração de um acordo de cooperação com um prazo de 10 anos.

Os acordos com as IPSS devem ser precedidos de um estudo que demonstre que os encargos globais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) diminuem em, pelo menos, 25% relativamente à alternativa de prestação de serviços pelo sector público, sendo a valorização da produção a realizar de acordo com o modelo de financiamento aplicável aos hospitais E.P.E, refere o decreto-lei.

Em Agosto, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, avançou que deverá entregar a gestão de três ou quatro hospitais públicos a Misericórdias em Janeiro de 2014, no âmbito de contratos para dez anos.

O processo de devolução é monitorizado por uma comissão de acompanhamento constituída por um representante designado pelo Governo, por representantes das Administrações Regionais de Saúde (ARS) onde existam unidades a devolver e da União das Misericórdias.

As Misericórdias devem manter ao seu serviço o pessoal afecto às unidades de saúde.

No diploma, o Ministério da Saúde refere que as "inúmeras alterações" ocorridas na organização e gestão do SNS, "a par de evoluções significativas das entidades de solidariedade social", tornam necessário "estabelecer um modelo de partilha mais efectiva de responsabilidades entre os vários intervenientes".

Este modelo deve ser alicerçado na "definição e implementação de regras claras e procedimentos de controlo eficazes que garantam o acesso, em tempo útil, dos utentes do SNS aos cuidados de saúde clinicamente adequados, com qualidade e segurança".

O diploma prevê três formas de cooperação com as IPSS - acordos de gestão, de cooperação e convenções - que intervêm na actividade do SNS.

Estes acordos devem ser precedidos de um estudo, a efectuar pela ARS ou pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), que "avalie a economia, eficácia e eficiência do acordo, bem como a sua sustentabilidade financeira".

A tabela de preços a aplicar aos acordos é aprovada pelo ministro, tendo por referência as tabelas de preços estabelecidas para os hospitais do SNS.

Cabe às IPSS "prestar cuidados de saúde de qualidade aos utentes do SNS, em tempo útil, nas melhores condições de atendimento, não estabelecendo qualquer tipo de discriminação".

Serão as ARS que irão "avaliar, de forma sistemática, a qualidade e acessibilidade dos cuidados prestados pelas IPSS".

Gripe Sazonal 2013/2014

A vacinação contra a gripe sazonal é fortemente recomendada para os grupos prioritários:
Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos, com 6 ou mais meses de idade, grávidas com tempo de gestação superior a 12 semanas, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados (lares de idosos, designadamente).

A vacina contra a gripe é gratuita para pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e está disponível nos centros de saúde, não necessitando de receita ou guia médica para ser administrada. 

Podem, também ser vacinadas gratuitamente as seguintes pessoas, mesmo que não tenham 65 ou mais anos de idade: 
 
residentes em lares de idosos de instituições particulares de solidariedade social (IPSS) com acordos de cooperação com a Segurança Social, residentes em lares de idosos das Misericórdias Portuguesas, residentes em Estabelecimentos Integrados para idosos (lares com gestão direta da Segurança Social), doentes integrados na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), profissionais de saúde do SNS com recomendação para serem vacinados, crianças e adolescentes institucionalizadas que apresentem doenças crónicas e condições para as quais se recomenda a vacina, pessoas com deficiência acolhidas em Lares de Apoio, Lares Residenciais e Centros de Acolhimento Temporário, pessoas apoiadas no domicílio pelos lares de idosos com acordo de cooperação com a Segurança Social ou Misericórdias Portuguesas, doentes apoiados pelos serviços de cuidados continuados dos ACES e não integrados na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), doentes internados em unidades de saúde dos ACES com internamento e doentes internados em hospitais do Serviço Nacional de Saúde que apresentem patologias crónicas e condições para as quais se recomenda a vacina.

Além dos grupos prioritários, está também aconselhada a vacinação às pessoas com idade entre os 60 e os 64 anos. A vacina deve ser administrada, de preferência em outubro.

A vacinação dos profissionais cuja atividade resulte num risco acrescido de contrair e/ou
transmitir gripe deve seguir os critérios definidos pelos respetivos Serviços de Segurança,
Higiene e Saúde no Trabalho.

II
Desabafo Eleitoral

No ainda rescaldo das ultimas eleições deixo aqui a minha opinião. Do meu ponto de vista a maioria dos que nos representam deveriam ser escolhidos, interpelados, aqueles com provas dadas na sociedade, nos seus postos de trabalho sejam eles quais forem. O esforço e trabalho devem ser valorizados como contributo para o debate social. Em contraponto ao profissionalismo politico ainda vigente. Penso que a profissionalização da vida política, sem uma carreira profissional e um trajeto autónomo, é mau para as pessoas, para a política e logo para o País. Talvez só seja bom para o mediatismo.

Acredito que os partidos conseguirão alterar a forma como as escolhas dos seus representantes é feita. Sem ceder a grupos e pressões mas fiel ao serviço que presta para o Pais. Qualquer escolha deve recair sobre um carácter sério, honesto, rigoroso, trabalhador, empenhado e dedicado às pessoas e aos seus problemas.

Julgo mesmo que, nos tempos que correm e face aos problemas atuais, as pessoas precisam de se reverem em pessoas com perfis menos mediáticos, mas mais competentes. Políticos que compreendam as dinâmicas sociais, os processos em curso e os caminhos de desenvolvimento e de melhoria das condições de vida para as pessoas, numa postura de proximidade, de simplicidade e serviço ao bem comum. Se tal for possível basta-me, como basta aos cidadãos comuns, que querem a politica como Serviço e não como Reino.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Bispos portugueses unânimes no apoio à petição “Um de Nós” - Renascença

Bispos portugueses unânimes no apoio à petição “Um de Nós” - Renascença

A Conferência Episcopal Portuguesa apoia inequivocamente a petição europeia "Um de Nós", em defesa da vida.

Depois de Bento XVI e do Papa Francisco se terem associado á iniciativa também a conferência episcopal portuguesa decidiu, em Junho, apoiar a campanha. Todas as dioceses estão mobilizadas para a recolha de assinaturas no próximo Domingo.

O padre Manuel Morujão, porta-voz da conferência episcopal, lembra que a Igreja tem de estar sempre ao lado da defesa da vida: “Evidentemente que a defesa da vida é de um âmbito universal, não é só da Igreja, mas a Igreja quis manifestar o seu apoio explícito, facilitando a recolha de assinaturas, que não chegue apenas aos mínimos. Que se ultrapasse um milhão de assinaturas ao nível europeu, e entre nós as 16 mil”.

O Dia Nacional de Recolha de Assinaturas está marcado para Domingo e em todas as dioceses foi pedida a colaboração dos padres: “A igreja pediu a ajuda dos párocos, para que recordem esta possibilidade, facilitem que aqueles que desejam pôr a sua assinatura tenham essa facilidade, e o façam Domingo, no final da missa, em cada paróquia. Por isso é que há um dia de recolha nacional, como houve noutros países”.

A atitude interventiva dos bispos pode não agradar a todos, mas para o padre Manuel Morujão deve até ser aplaudida. Contrariar o inverno demográfico em Portugal e na Europa é uma questão humanitária: "É uma urgência, concretamente no nosso país, que se promova a vida, porque não há renovação de gerações. Inverter esta tendência acho que é uma causa humanitária independentemente de religião, de ideologia, de preferências, porque é uma causa de todos nós. E por isso também esta iniciativa se chama 'Um de Nós'"

Em Portugal a Federação Portuguesa pela Vida, e outras organizações asseguram a recolha de assinaturas até 1 de Novembro.

Para além da campanha de angariação de assinaturas, em Portugal realiza-se no sábado, dia 5 de Outubro, uma caminhada pela vida, que parte do Marquês de Pombal às 15h, em direcção ao Rossio. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

PS quer recontagem de votos em Paredes - Renascença

PS quer recontagem de votos em Paredes - Renascença













O PS vai pedir ao Tribunal Constitucional a recontagem dos votos das autárquicas em Paredes, depois da assembleia de apuramento geral ter diminuído, de 73 para 58, a desvantagem socialista face ao PSD.
Alexandre Almeida, cabeça-de-lista do PS à Câmara de Paredes e líder da concelhia, explicou à Lusa que a diminuição da diferença decorre de irregularidades detectadas em duas freguesias, cujos resultados comunicados à tutela, disse, "eram diferentes dos que constavam das actas".
Segundo o dirigente, a assembleia de apuramento geral atribuiu mais 14 votos ao PS e retirou um voto ao PSD, comparativamente ao resultado que foi comunicado, no domingo, à Direcção-Geral da Administração Interna.
Com estas mudanças, o PSD manteve-se como o partido mais votado (19.145), mas o PS (19.087) diminuiu a diferença.
Os socialistas acrescentam que a assembleia de apuramento geral detectou outras irregularidades em várias freguesias do concelho.
Apesar disso, o pedido apresentado pelo PS no sentido da recontagem total dos votos foi rejeitado, o que motiva os socialistas no recurso para o Tribunal Constitucional.
Alexandre Almeida considera que, face às irregularidades detectadas, se impõe o esclarecimento de todas as dúvidas.
"Temos argumentos mais do que suficientes", disse, remetendo mais pormenores para um comunicado de imprensa posterior.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Materno-Infantil abre as portas até março - JN

Materno-Infantil abre as portas até março - JN

Materno-Infantil abre as portas até março


 
Com um atraso de três meses, devido a inúmeros erros de projeto, a primeira fase do Centro Materno-Infantil do Norte fica concluída até ao fim do ano. Em março, consulta e urgência de ginecologia e obstetrícia e internamento de pediatria já estarão em funcionamento no novo edifício, garantiu Sollari Allegro ao JN. 
 
O Centro Hospitalar do Porto (Santo António, Joaquim Urbano e Maternidade Júlio Dinis) assinala esta terça-feira o 6.º aniversário e o presidente do Conselho de Administração faz o ponto da situação da reestruturação em curso, com a abertura do CMIN e fecho do Joaquim Urbano em 2014. E lança alguns objetivos para o futuro: centralizar as análises e exames de diagnóstico num laboratório único, juntar todas cirurgias no bloco central e as consultas no ex-CICAP.

Sollari Allegro realiza esta terça-feira, juntamente com responsáveis da Administração Regional da Saúde (ARS) do Norte, a última visita às obras do CMIN. Devido "a inúmeros erros e omissões" , a construção sofreu atrasos e só deverá estar concluída em dezembro. "A 2 de janeiro, iniciamos a mudança dos equipamentos e das pessoas da maternidade para o novo edifício e, até março, os serviços estarão em funcionamento no Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN)", explica Allegro.

A descida da taxa da natalidade - patente na redução de mais de 1300 partos em seis anos, no CHP - levou a um redimensionamento da capacidade do CMIN que, em vez das 350 camas previstas, terá 183. Metade dos partos realizados na Maternidade Júlio Dinis são de alto risco e o CMIN está vocacionado dar resposta a toda a região, sublinha o presidente da Administração, em resposta aos críticos da construção do Materno-Infantil, prometido há 20 anos, quando há uma queda do número de partos.

Para o próximo ano, o Joaquim Urbano deve encerrar. Os doentes e o pessoal clínico vão passar para o 6.0º andar do Santo António, onde vão ser instalados cinco quartos de isolamento com pressão negativa, além de 28 camas.

Concluída a reestruturação das unidades hospitalares, Sollari Allegro ambiciona terminar a organização dos espaços: passar o bloco operatório do edifício neoclássico para o bloco central, transferir todas as consultas para o ex-CICAP, reunir na ala Sul os serviços de neurologia. "Só com a casa arrumada, poderemos ter uma gestão mais racional."

Outro objetivo é centralizar os exames de diagnóstico num único laboratório, que realizará não só todas as análises do CHP como poderá servir os centros de saúde da cidade.