quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Papa é a "pessoa do ano" para a revista "Time" - Renascença

Papa é a "pessoa do ano" para a revista "Time" - Renascença

A revista norte-americana "Time" considera que o Papa Francisco foi a "pessoa do ano", sucedendo a Barack Obama. A prestigiada distinção foi anunciada ao início da tarde desta quarta-feira e o Vaticano já reagiu.

Segundo o director da sala de imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, o Papa não procurava esta distinção, mas "se isso traz esperança às pessoas, então fica satisfeito".

Num vídeo que acompanha o artigo, a "Time" destaca o facto de o Papa ter dado "tanta esperança e inspiração às pessoas ao longo destes nove meses" e de "mais ninguém" ter feito isso este ano.

"Foi o primeiro Papa do novo mundo, o primeiro da América Latina - só por si é histórico. Chegou numa altura em que a Igreja parecia precisar de mais energia", explica a revista. A energia "inexplicável" de Francisco é outro factor realçado pela "Time".

"Tem uma energia que não ser percebe de onde vem. Tem 77 anos, mas anda a abraçar pessoas que a maioria de nós não quereríamos sequer tocar, anda a lavar os pés a reclusos, a interceder por imigrantes numa ilha no meio do Mediterrâneo."

Mas o grande destaque é para a mensagem sobre a pobreza. "Preocupa-se sobretudo com os pobres. Essa é a mensagem mais forte."

A revista admite, por outro lado, que nem tudo sobre Francisco é consensual e considera que o futuro vai ser complicado. "Vai ser interessante observar o Papa ao longo do próximo ano, porque todos os conservadores estão preocupados que abdique da autoridade da Igreja, enquanto os liberais estão com medo que não passe das palavras aos actos."

Esta é a terceira vez que a "Time" coloca um Papa na capa da edição que anuncia a "pessoa do ano". A primeira foi em 1963, com João XXIII, e a segunda em 1994, com João Paulo II. A tradição de nomear uma "pessoa do ano" começou em 1927.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

ONDA DE FRIO

Face à previsão de que o tempo irá continuar muito frio, sobretudo durante a noite, a Protecção Civil e DGS deixam alguns conselhos à população. 
 
Nas estradas, pede-se cuidado com a geada, que torna o piso escorregadio. Nas habitações, a Protecção Civil chama a atenção para os sistemas de aquecimento, sejam lareiras ou equipamentos eléctricos, para evitar as intoxicações por inalação de gases. 
 
A Protecção Civil aconselha também que se evite a exposição prolongada ao frio, pede atenção às mudanças bruscas de temperatura e faz ainda um conjunto de recomendações relativas à alimentação e vestuário: deve usar várias camadas de roupa, folgada e adaptada à temperatura ambiente; deve proteger as extremidades do corpo, usando luvas, gorro, meias quentes e cachecol; deve ingerir sopas e bebidas quentes, evitando o álcool, que proporciona uma falsa sensação de calor.
Caso tenha mais dúvidas sobre as medidas de auto-protecção, é sugerida a utilização da Linha Saúde 24 - 808 24 24 24.

Pelo menos até 2 de Dezembro, as temperaturas vão manter-se muito baixas, segundo as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Prevê-se um acentuado arrefecimento nocturno, com formação de geada em especial nas zonas do Interior, o que pode provocar temperaturas mínimas entre os dois graus negativos e os três graus negativos nas zonas do interior Norte e Centro.

Recomendações para a população:
A exposição ao frio intenso, particularmente durante vários dias consecutivos, pode provocar lesões relacionadas com o frio, como o enregelamento dos membros, as ulcerações provocadas pelo frio e a hipotermia, situações que pela sua gravidade podem obrigar a cuidados médicos de emergência.

Para a prevenção dos efeitos do frio intenso recomendam-se as seguintes medidas:
No domicílio
  • Mantenha a temperatura da sua casa entre os 18ºC e os 21ºC;
  • Se não conseguir aquecer todas as divisões da casa, tente manter a sala de estar quente durante o dia e aqueça o quarto antes de se ir deitar;
  • Se utilizar lareiras, braseiras, salamandras ou equipamentos a gás mantenha a correta ventilação das divisões de forma a evitar a acumulação de gases nocivos à saúde, evitando os acidentes por monóxido de carbono que podem ser causa de intoxicação ou morte;
  • Não utilize fogão a gás, forno ou fogareiro a carvão para aquecimento da casa, nem utilize equipamentos de aquecimento de exterior em espaços interiores;
  • Evite dormir/descansar muito perto dos equipamentos de aquecimento;
  • Apague ou desligue os equipamentos de aquecimento antes de se deitar ou sair de casa, de forma a evitar fogos ou intoxicações;
  • Promova uma boa circulação de ar, não fechando completamente os aposentos, mas evite as correntes de ar frio;
  • Mantenha sob vigilância a utilização de botijas de água quente, para evitar o risco de queimadura.
Higiene pessoal e vestuário
  • Mantenha a higiene pessoal tomando banho com água morna uma vez que a água muito quente remove a camada protetora natural da pele;
  • Mantenha a pele hidratada, principalmente mãos, pés, cara e lábios;
  • Use várias camadas de roupa, em vez de uma única muito grossa, e não use roupas demasiado justas que dificultem a circulação sanguínea;
  • Proteja as extremidades do corpo (com luvas, gorro, meias quentes e cachecol) e use calçado adequado às condições climatéricas;
  • Evite andar descalço no chão frio ou molhado.
Alimentação
  • Faça refeições mais frequentes encurtando as horas entre elas;
  • Dê preferência a sopas e a bebidas quentes, como leite ou chá;
  • Aumente o consumo de alimentos ricos em vitaminas, sais minerais e antioxidantes (ex. frutos e hortícolas) pois contribuem para minimizar o aparecimento de infeções;
  • Faça uma alimentação variada e saudável, evitando alimentos fritos, com muita gordura e alimentos açucarados;
  • Evite bebidas alcoólicas visto que provocam vasodilatação com perda de calor e arrefecimento do corpo.
Atividades e Exercício físico no exterior
  • Mantenha a prática de exercício físico habitual mas em situações de frio intenso evite fazer exercício físico de esforço ao ar livre;
  • Se tiver de realizar trabalho com muito esforço, proteja-se com roupa adequada e vá doseando o esforço;
  • Procure um local abrigado se a temperatura diminuir e houver muito vento;
  • Em caso de frio intenso faça pequenos movimentos com os dedos, os braços e as pernas evitando o arrefecimento do corpo;
  • Evite caminhar sobre o gelo devido ao risco de lesões por queda;
  • Procure manter-se seco e evite arrefecer com a roupa transpirada no corpo;
  • Beba água antes, durante e depois da atividade física para evitar a desidratação

IPO do Porto vai ter de devolver 56,2 milhões ao Serviço Nacional de Saúde

IPO do Porto vai ter de devolver 56,2 milhões ao Serviço Nacional de Saúde: Auditoria detectou uma facturação irregular. O Tribunal de Contas pede à ministra das Finanças e ao ministro da Saúde que sancione individualmente os gestores responsáveis.

O Instituto de Oncologia do Porto tem de devolver 56,2 milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em causa está uma verba facturada em quimioterapia oral, entre 2008 e 2011, de forma irregular. Ou seja, sem suporte nas regras de facturação dos contratos programa.

De acordo com uma auditoria do Tribunal de Contas (TC), esta facturação irregular teve reflexos nos resultados e indicadores económico-financeiros do IPO do Porto, que poderiam ter sido orientados para outros hospitais com mais necessidades.

O presidente do conselho de administração do instituto não contesta o valor em causa, mas de acordo com o TC tem tomado medidas para protelar o seu pagamento.

O Tribunal, presidido por Guilherme d´Oliveira Martins, pede por isso à ministra das Finanças e ao ministro da Saúde que sancione individualmente os gestores, enquanto responsáveis pelas práticas de codificação e facturação indevidas. 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Mais de 450 lares de idosos arriscam fecho por maus tratos - Renascença

Mais de 450 lares de idosos arriscam fecho por maus tratos - Renascença

Alterações à lei vão implicar multas mais pesadas para as instituições e também para as famílias que abandonam os idosos em lares ou hospitais

Há 452 lares de idosos em risco de fechar por causa de situações de negligência e maus tratos, entre outras irregularidades detectadas pelo Instituto de Segurança Social.

A notícia é avançada pelo jornal “Correio da Manhã”. Até Setembro, há registo de 54 processos de encerramento, dos quais 19 com carácter de urgência.

Nesta altura, o Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social está a ultimar alterações à lei, que vão implicar multas mais pesadas para as instituições, mas também para as famílias que abandonam os idosos em lares ou hospitais.

O novo enquadramento jurídico vai ser anunciado em breve, segundo indica uma fonte do gabinete do ministro Pedro Mota Soares.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Há cada vez mais gente sem dinheiro para pagar taxas moderadoras - Renascença

Há cada vez mais gente sem dinheiro para pagar taxas moderadoras - Renascença

O presidente do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) revelou esta terça-feira que são cada vez mais os utentes que, não sendo isentos do pagamento de taxas moderadoras devido a carência económica, alegam não ter dinheiro para pagar os serviços clínicos nos hospitais Santa Maria e Pulido Valente.
A falta de pagamento de taxas moderadoras "agravou-se muito" em 2012, representado já "um volume financeiro muito significativo de pessoas que manifestaram impossibilidade financeira de pagar a taxa moderadora, não estando isentos", revela Carlos Martins.
O responsável reconhece o peso da crise na diminuição da procura e diz que a instituição prepara medidas para reaver algumas dívidas, tendo decidido adoptar, para 2014, um conjunto de medidas que permitam verificar a veracidade das situações.
"Vamos tentar aferir. Se não for verdade vamos cobrar de uma forma contenciosa", afirma.

Carlos Martins tem, contudo, "perfeita noção de que parte da perda de utentes/doentes tem a ver com a situação económica da pessoa" e revela que aumentou a dispensa de medicamentos de forma graciosa, que no caso da prescrição privada aumentou 52%.
Este trimestre, a instituição começou a enviar cartas a quem não pagou, a dar nota da sua dívida e a convidar a regularizar a sua situação ou a provar a incapacidade de pagar a taxa moderadora em dívida.
A administração decidiu eliminar os casos de dívidas com mais de três anos, não só pelo seu "valor insignificante", mas pelo risco de alguns desses utentes já terem morrido.
"Em situação alguma recusamos atender alguém, continuar o tratamento ou voltar a atender o utente e temos pessoas que vêm há dois, três anos e que dizem que não têm meios para pagar", disse.
Sobre a evolução da procura dos serviços destes hospitais, Carlos Martins reconhece mudanças. "Perdemos doentes por três ordens de razão: a crise que o país vive, a abertura do Beatriz Ângelo (novo Hospital de Loures) e agora do Vila Franca de Xira e a agressividade cada vez maior dos hospitais privados", explica.
A diminuição foi mais significativa nas consultas e nas urgências.

Hospitais criam banco alimentar
Os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente decidiram criar um banco alimentar para recolher as sobras diárias das duas unidades e distribuir pela comunidade e pelos funcionários carenciados.

O centro hospitalar soma 6.400 trabalhadores, 2.400 alunos e cerca de três mil doentes.

Projectos para contornar quebrasNo âmbito da reorganização, o hospital deverá chegar ao fim do ano com 1.170 camas (das 1.268 que existiam).
Ao nível da obstetrícia – questão mais premente tendo em conta a "fronteira" dos 1.500 partos necessários para manter um bloco de partos a funcionar – Carlos Martins sublinhou que "não passa pela cabeça que um hospital universitário não tenha bloco de partos".
Para contornar a diminuição da procura nesta área, o administrador revelou que o CHLN está a analisar com a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) uma alteração da rede de referenciação para aumentar a área de responsabilidade e, com isso, ter mais partos.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

OGE 2014 & CSP

I
O Orçamento Geral do Estado para 2014 prevê um corte de 300 milhões no orçamento da Saúde. Depois das abundantes declarações do Ministro de que o sector devia ser positivamente discriminado vem o seu secretário de estado afirmar que «há dinheiro para a saúde que precisamos» - não dizendo, é certo, qual é essa saúde. O «orçamento é perfeitamente acomodável e razoável» , «Ainda há duplicações de serviços que podem ser eliminadas sem pôr em causa a qualidade e acesso aos cuidados».
Então não foi este Ministério que sobre a reorganização da rede, pediu e obteve logo em janeiro de 2012 um primeiro estudo de Mendes Ribeiro assim como outro de um Grupo nomeado para a reforma das urgências, depois outro da ENSP e outro da ERS – a todos engavetou -, mais tarde veio defender que deviam ser os hospitais a propor na estratégia as alterações às suas áreas e capacidade a oferecer, agora pediu mais um estudo para ARLVT?
O Ministério não abriu mais dois hospitais em Lisboa (PPP), sem antes ter fechado camas, pelo que temos excesso de capacidade nos hospitais de Lisboa, que ficaram com as camas e o pessoal, mas não com um orçamento correspondente, por isso têm grandes dívidas. Só ajustou o contrato da CVP, em vez de o cancelar, e vai agora, sem primeiro arrumar a rede do SNS, entregar hospitais às Misericórdias, isto é vai manter a oferta, os recursos e despesa no público e aumentar a despesa no sector privado (duplicação)?
Ao não ter ajustado a rede aumentou a despesa desnecessária, por duplicação, e infligiu cortes desnecessariamente altos aos restantes hospitais. E vêm agora falar em duplicação de serviços?

Passaram um ano a prometê-la para amanhã, não a apresentaram nem a fizeram, e agora vêm defender como sendo imprescindíveis para salvar o Estado um enorme volume de cortes e um novo aumento de impostos e taxas.
«Antes dizia-se que se atirava dinheiro para os problemas, agora atiram-se cortes para cima». Acrescento : também se atiram muitas manipulações e «incorreções factuais».

II


Quase 10 anos depois de ter sido nomeado responsável pela Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP), Luís Pisco afirma que, passado este tempo, «começa a fazer pouco sentido falar da reforma como se ela estivesse com toda a pujança».
Para o responsável é precisamente o momento de se começar a pensar em fechar este ciclo e «concluir o que se iniciou em 2005» com a nomeação da MCSP. A ARSLVT está, segundo avançou a avaliar as tarefas que tem de concluir nos próximos dois anos de modo a fazer cumprir o que estava delineado nas linhas de orientação da reforma dos cuidados de saúde primários. «Temos de fazer o que está ao nosso alcance, pois somos tão responsáveis por aquilo que fazemos, como por aquilo que não fazemos», sublinhou o vice-presidente da ARSLVT.

Sem mencionar concretamente o que está a ser discutido na ARSLVT neste âmbito, Luís Pisco admitiu que são necessárias mais USF e que os Aces «vão ter de evoluir» já que há unidades funcionais que «ainda não estão a dar tudo o que têm para dar», nomeadamente as unidades de cuidados na comunidade (UCC) e as unidades de recursos assistenciais partilhados (URAP). Ainda assim, os Aces «são algo que veio para ficar», pois representam «uma grande vantagem sem comparação com as antigas sub-regiões», argumentou o dirigente.

Reforma dos CSP a caminhar para o fim?


Governo recusa plano de rescisões amigáveis na saúde - Renascença

Governo recusa plano de rescisões amigáveis na saúde - Renascença

O Ministério da Saúde garante à Renascença não ter conhecimento de um programa de rescisões amigáveis no sector e considera descabido que o Governo possa estar disponível para dispensar profissionais que há algum tempo está a contratar.

De acordo com o “Diário Económico”, o ministro Paulo Macedo estaria a preparar um programa de rescisões amigáveis dirigido a técnicos superiores do Ministério da Saúde.

O plano excluía médicos e enfermeiros, mas poderia afectar os trabalhadores da Direcção-geral da Saúde (DGS) e Administrações Regionais, como técnicos de laboratório ou de radiologia.

De acordo com o jornal, a proposta já teria sido entregue ao Ministério das Finanças, uma vez que o ministro da Saúde quer que seja esse o ministério a suportar as eventuais indeminizações.

Saber se a despesa está controladaA Renascença olha para os efeitos nos cortes da saúde. O professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa Pedro Pita Barros considera essencial perceber se a despesa está controlada.

“A parte mais importante – mais do que estar a decompor as poupanças esperadas – era perceber se o principal factor de descontrolo da despesa está, de alguma forma, controlado ou não. Perceber o que se está a passar com a dívida dos hospitais”, começa por afirmar.

“Porque é que esse aspecto é importante? Porque os hospitais formalmente podem dizer ‘eu estou a controlar a despesa’ e apresentam as contas públicas. Mas se estiverem a criar dívida que só vai surgir daqui a uns anos, de certa forma estão a dizer que, formalmente, hoje estão a respeitar uma despesa menor mas estarão a criar despesa futura”, explica o especialista em economia da saúde.

Pedro Pita Barros sustenta que o serviço nacional de saúde só não colapsou como aconteceu na Grécia porque até agora os cortes afectam, sobretudo, os utentes.

“Aqui ainda não chegámos a esse extremo, muito pelo resultado da forma como estivemos a fazer os cortes na área da saúde, que, além da área do medicamento, incidiram muito sobre salários. Os profissionais conseguiram manter o seu empenho na profissão e garantir a prestação de cuidados de saúde”, começa por dizer.

“Mas este é um processo cumulativo. Conforme o tempo passa, é mais fácil as pessoas sentirem-se desmotivadas, pelo que um dos desafios neste momento é saber se vamos conseguir continuar a aguentar o sistema de saúde”, alerta.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Ex-ministro acusa Governo de criar “clima angustiante” aos portugueses - Renascença

Ex-ministro acusa Governo de criar “clima angustiante” aos portugueses - Renascença

É muito crítica a tomada de posição do ex-ministro e presidente da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES), Luís Campos e Cunha, sobre as medidas adoptadas pelo Governo.

“Não há uma coerência nas políticas, não há uma estratégia e, portanto, as medidas são soltas e isso cria uma grande incerteza para o futuro”, afirma à Renascença.

“As alterações aos impostos contam-se pelas dezenas. Não tem a mínima ideia de quanto vai pagar de IMI ou de IRC, de IRS ou IVA. Tudo isso cria um clima de incerteza que é angustiante para o cidadão, cria infelicidade e mal-estar e, além disso, prejudica o investimento”, acusa o antigo ministro de José Sócrates.

As críticas constam num documento da SEDES, onde também se fala da ausência de reforma na Segurança Social. Luís Campos e Cunha diz que os cortes anunciados nas pensões nada têm a ver com a sustentabilidade do sistema, mas apenas com questões de equilíbrio orçamental.

Numa tomada de posição divulgada no seu site, a SEDES defende ainda que a ideia de que o Estado está falido e que tudo é aceitável é "um erro grave".

"O acordo com a 'troika' fez-se exactamente para evitar essa falência", argumenta a associação, acrescentando que, embora não seja perfeito, o acordo "evitou o pior".

O documento salienta também que "a incerteza e a violação do Estado de Direito" têm afundado mais a economia do que a austeridade. Através de “erros de comunicação, políticas erráticas e decisões fora de tempo, criou-se uma incerteza absolutamente desnecessária e um ambiente de desconfiança em relação ao Estado de Direito incompatível com a recuperação da economia, do investimento e do emprego. Ninguém confia em quase nada que seja prometido pelo Governo", critica a SEDES.

Exemplo disto é o que tem sido anunciado sobre as pensões e as reformas: "o Governo descredibilizou e retirou certeza jurídica ao sistema de pensões sem proceder a qualquer reforma visível", critica a associação, segundo a qual a ideia de que o sistema de pensões deve promover a redistribuição do rendimento é errada – ela deve ser feita, primeiro, por via do IRS, tributando os rendimentos mais altos, e segundo, através do apoio às famílias mais carenciadas.

"Nesta visão em que o sistema de pensões é um contrato entre o Estado e o Cidadão (contrato, aliás, imposto unilateralmente pelo Estado), não se entende a campanha sobre uma suposta insustentabilidade do sistema, pois essa mesma exigência se poderia aplicar às PPP [parcerias publico-privadas] rodoviárias ou aos apoios a energias renováveis, por exemplo, que são contratos muito mais susceptíveis de serem postos em causa", prossegue o documento.

A diferença, explica a SEDES, é que nestes casos o Estado terá de enfrentar em tribunal "empresas fortes, apoiadas em bons advogados e com tempo para esperar", enquanto no caso das pensões "tem pela frente pessoas frágeis e que já não têm o tempo necessário para esperar por decisões tardias de tribunais"

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Promiscuidade Público/Privado

Auditoria identifica médicos em "situação de conflito de interesses"

O Tribunal de Contas identificou médicos que encaminhavam crianças da Maternidade Alfredo da Costa para serem operadas no Hospital da Cruz Vermelha, onde também trabalhavam, o que representa uma "situação de conflito de interesses".

O caso é relatado numa auditoria de seguimento das recomendações do Tribunal de Contas à execução do acordo de cooperação entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e a sociedade que explora o Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (HCV).

O Tribunal recorda que os utentes da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) que necessitavam eram previamente observados, na MAC, por "especialistas de cardiologia pediátrica, em regime de prestação de serviços".

"Estes especialistas averiguavam a necessidade de correção cirúrgica ou de internamento específico num serviço de cardiologia pediátrica", inexistente na MAC.

Estes contratos de prestação de serviços, "ao abrigo dos quais aqueles especialistas exerciam funções na MAC, foram celebrados entre esta e a MPM - Consultadoria e Gestão" e "o seu período de vigência decorreu entre maio de 2009 e dezembro de 2011".

"O representante legal da MPM - Consultadoria e Gestão, que assinou o contrato de prestação de serviços é acionista, presidente da Comissão Executiva e diretor clínico da CVP -Sociedade de Gestão Hospitalar [que gere o HCV], além de integrar o corpo clínico desta sociedade", lê-se no documento.

Segundo o Tribunal, "também especialistas de cardiologia pediátrica que asseguraram a prestação de serviços da MPM integram o corpo clínico da CVP, tendo intervindo, na MAC, em procedimentos de referenciação em que estão em causa interesses da sociedade de gestão".

"Trata-se de uma situação de conflito de interesses que, além de ser suscetível de comprometer a isenção e o rigor do processo de referenciação dos utentes, viola o estabelecido nos acordos de cooperação relativamente aos recursos humanos da CVP - Sociedade de Gestão Hospitalar que impedem o exercício simultâneo de atividades em estabelecimentos do SNS".

O Tribunal verificou ainda que, entre 2009 e 2011, "continuaram a existir referenciações de utentes pelo Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), no âmbito dos acordos de cooperação, com a participação de outro médico especialista, em regime de prestação de serviços, que exerce atividade simultânea" no Hospital da Cruz Vermelha.

Nesses anos, prossegue o Tribunal confirmou-se "a presença de outros dois prestadores de serviços no Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca na mesma situação de exercício simultâneo de atividade neste hospital e no Hospital" da Cruz Vermelha, em "violação dos acordos de cooperação, embora não tenham sido identificados como intervenientes nos processos de referenciação".

Hospitais públicos (MAC, Amadora-Sintra) e um privado com participação do Estado (CVM) e uma empresa privada de contratação de consultoria e gestão (MPM) cujo representante legal é acionista, presidente da Comissão Executiva e diretor clínico da CVP -Sociedade de Gestão Hospitalar [que gere o HCV], além de integrar o corpo clínico desta sociedade & médicos público/privados.

Uma autêntica mixórdia de interesses. Dito de outra forma, a promiscuidade público/privado ao seu melhor nível!

Novo hospital de Lisboa outra vez na calha mas com novo contrato - Renascença

Novo hospital de Lisboa outra vez na calha mas com novo contrato - Renascença

O Governo relança a construção do novo Hospital Oriental de Lisboa, mas com novo contrato. A poupança estimada chega aos 166 milhões de euros.

A notícia é avançada na edição desta quinta-feira do “Jornal de Negócios”, segundo o qual os Ministérios da Saúde e das Finanças vão anular o actual concurso para a construção do novo hospital, em parceria público privada, e lançar um novo procedimento.

Em Março, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, avisava que o hospital iria ser construído mas não a todo o custo. Foi nessa altura que deu posse à comissão de avaliação que, durante os últimos setes meses, analisou os prós e contras da construção desta unidade de saúde.

Foi nas recomendações da comissão que o executivo se baseou para a actual decisão. O relatório apontava risco para o Estado, mas ao mesmo tempo recomendava o desenvolvimento do projecto.

Assim sendo, o processo será relançado, mas noutros moldes e mais barato para o Estado português. Para trás fica a decisão que dava à Soares da Costa autorização para construir o novo hospital, mais conhecido por “Todos-os-Santos”, e que vai concentrar seis hospitais da capital.

Ainda de acordo com a notícia, o Banco Europeu de Investimento (BEI) mantém-se interessado na execução do projecto.

O custo total para a construção do novo hospital é de 600 milhões de euros. Deve estar pronto em 2017 e é considerado um dos pontos-chave para se conseguir a reorganização da rede hospitalar de Lisboa.

Será?

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

“Autocarro solidário” em tese de mestrado - Renascença


Quando se pensa numa tese de mestrado, a ideia que surge é de um “calhamaço” de papel ou, nos tempos actuais, uma "pen-drive" repleta de gráficos. Mas a Renascença encontrou um projecto de tese diferente: um autocarro reciclado, que ajuda os sem-abrigo de Lisboa.

Integrado na disciplina de Design para a Sustentabilidade do IADE, André Silva decidiu inovar e converter um autocarro numa unidade de apoio ambulante.

“Será organizado em três zonas principais: uma primeira, que tem duas unidades de duche; uma segunda, com uma zona para troca de roupa e uma terceira, dedicada ao apoio psicológico e também a uma zona onde se pode despistar alguma doença”, explica Carlos Barbosa, coordenador do núcleo de Design para a Sustentabilidade.

Perante o pedido do aluno, a empresa de autocarros públicos de Lisboa (Carris) “mostrou abertura”, mas “não há nenhum compromisso ainda”.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a associação Cais e a Comunidade Vida e Paz também já mostraram interesse em apoiar o projecto.

O coordenador espera que o aluno “tire boa nota” com o projecto, até “porque a mediatização que tem tido revela que é algo que vem ao encontro de uma necessidade real”, sustenta Carlos Barbosa.

A verdade é que os números do ano passado mostram que existem, em Lisboa, cerca de dois mil sem-abrigo.

Uma vez pronto, o autocarro, que também vai ser eco-eficiente, começa a ser testado na capital, daqui a seis meses.

Ministro Poiares Maduro está de passagem. "Nós somos Misericórdias há 500 anos" - Renascença

Ministro Poiares Maduro está de passagem. "Nós somos Misericórdias há 500 anos" - Renascença


O ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, está de costas voltadas para as instituições de solidariedade social, acusa o presidente da União das Misericórdias em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença.
Manuel Lemos diz que, apesar de 20% do novo quadro comunitário de apoio ser destinado à economia social, o sector está afastado do processo.
“Ouvi dizer que foi criada uma comissão de sábios para acompanhar o novo quadro comunitário de apoio, então e não está ninguém do sector social lá? Então o doutor Poiares Maduro quando olha para o sector social, não tem olho para olhar?”, pergunta o presidente da União das Misericórdias.
Manuel Lemos vai mais longe nas referências ao incómodo instalado entre as Misericórdias e Poiares Maduro e diz que o ministro nunca procurou as instituições sociais. “Não lhe deve interessar, nós estamos cá, existimos e não somos nós que temos que ir falar com ele, nós cooperamos com o Estado.” 
Manuel Lemos adianta: “a iniciativa pertence ao Estado e ele se quiser que venha falar connosco, não somos nós que temos que ir falar com ele [Poiares Maduro], se ele está à espera disso vai ter que esperar sentado, porque em pé vai-se cansar. Nós estamos cá há 500 anos, ele vai passar. Ele está ministro, nós somos as Misericórdias”.
Nesta entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença, Manuel Lemos manifestou preocupação com o futuro da coesão social em Portugal, mas garante que as Misericórdias manterão todo o apoio à população mais carenciada.
O presidente das Misericórdias deixou ainda críticas ao ministro da Saúde pelos “incumprimentos” em matéria de cuidados continuados, embora reconheça que “Paulo Macedo tem feito um percurso que lhe dá confiança” de que o processo de devolução de hospitais às Misericórdias, que deverá iniciar-se já no final deste ano, “correrá bem”.


Governo diz que quer ouvir todos
Esta quarta-feira de manhã, o gabinete do ministro Miguel Poiares Maduro enviou um esclarecimento à Renascença, no qual afirma que o governante tem estado a receber representantes de diferentes sectores sociais, que manifestaram interesse em ser ouvidos. Acrescenta que o Governo tem previsto ouvir responsáveis das diferentes áreas de intervenção.

"O comité de especialistas é composto apenas por especialistas nos próprios fundos e não por beneficiários das áreas de intervenção dos fundos. Há ainda bastante tempo para ouvir estes últimos, atendendo ao facto de os primeiros financiamentos apenas virem a ser dados no segundo semestre de 2014 (mesmo sendo muito mais cedo do que no quadro anterior, que demorou dois anos). Em qualquer caso, o Governo tem previsto ouvir responsáveis e agentes nas diferentes áreas de intervenção dos fundos e uma das áreas é a Economia Social, que contará com um importante reforço de verbas", lê-se no esclarecimento escrito.

"Além disso, o Governo tem vindo a receber todos os representantes de diferentes sectores sociais que manifestaram interesse em ser recebidos desde já, sendo que nunca chegou a este gabinete qualquer solicitação nesse sentido do presidente da União das Misericórdias", finaliza.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Hospitais avisam. Menos 250 milhões significa menos qualidade - Renascença

Hospitais avisam. Menos 250 milhões significa menos qualidade - Renascença

Administradores hospitalares mostram-se apreensivos face a mais um corte na saúde
“Avizinha-se um ano de 2014 muito complicado na área da saúde”, avisa a Associação de Administradores Hospitalares. Os hospitais de maior dimensão devem ser os mais penalizados.












Os administradores hospitalares alertam para a quebra de qualidade no atendimento dos hospitais, devido à acumulação de cortes no sector da saúde, prevista no Orçamento do Estado para o próximo ano.

“A redução anunciada para o ano 2014 vem somar-se já a reduções que vêm sido feitas ao longo do último triénio. Não é, portanto, a capacidade dos hospitais de assimilar as reduções para 2014, mas sim a das consecutivas reduções que as despesas em saúde têm sofrido”, explica a dirigente da Associação de Administradores Hospitalares Marta Temido.

“Não é possível continuar a acomodar cortes sem que se prescinda de alguma coisa”, sublinha nas suas declarações à Renascença.

O sector da saúde vai ter de cortar mais de 250 milhões de euros na despesa em 2014. Trata-se de um corte de quase 4% no orçamento previsto para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Marta Temido considera que os hospitais de maior dimensão vão ter mais dificuldades, dado que as estruturas mais pequenas podem “encaminhar os doentes para outras instituições”.

“Avizinha-se um ano de 2014 muito complicado na área da saúde”, prevê.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Diploma que define articulação entre Ministério da Saúde e IPSS publicado em DR



A legislação que define as formas de articulação do Ministério da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde com as instituições particulares de solidariedade social e a devolução dos hospitais às Misericórdias foi publicada esta quarta-feira em Diário da República, avança o semanário SOL, citando a agência Lusa.

Os hospitais das misericórdias, que foram integrados no sector público e são actualmente geridos por estabelecimentos ou serviços do SNS, podem ser devolvidos às instituições mediante a celebração de um acordo de cooperação com um prazo de 10 anos.

Os acordos com as IPSS devem ser precedidos de um estudo que demonstre que os encargos globais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) diminuem em, pelo menos, 25% relativamente à alternativa de prestação de serviços pelo sector público, sendo a valorização da produção a realizar de acordo com o modelo de financiamento aplicável aos hospitais E.P.E, refere o decreto-lei.

Em Agosto, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, avançou que deverá entregar a gestão de três ou quatro hospitais públicos a Misericórdias em Janeiro de 2014, no âmbito de contratos para dez anos.

O processo de devolução é monitorizado por uma comissão de acompanhamento constituída por um representante designado pelo Governo, por representantes das Administrações Regionais de Saúde (ARS) onde existam unidades a devolver e da União das Misericórdias.

As Misericórdias devem manter ao seu serviço o pessoal afecto às unidades de saúde.

No diploma, o Ministério da Saúde refere que as "inúmeras alterações" ocorridas na organização e gestão do SNS, "a par de evoluções significativas das entidades de solidariedade social", tornam necessário "estabelecer um modelo de partilha mais efectiva de responsabilidades entre os vários intervenientes".

Este modelo deve ser alicerçado na "definição e implementação de regras claras e procedimentos de controlo eficazes que garantam o acesso, em tempo útil, dos utentes do SNS aos cuidados de saúde clinicamente adequados, com qualidade e segurança".

O diploma prevê três formas de cooperação com as IPSS - acordos de gestão, de cooperação e convenções - que intervêm na actividade do SNS.

Estes acordos devem ser precedidos de um estudo, a efectuar pela ARS ou pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), que "avalie a economia, eficácia e eficiência do acordo, bem como a sua sustentabilidade financeira".

A tabela de preços a aplicar aos acordos é aprovada pelo ministro, tendo por referência as tabelas de preços estabelecidas para os hospitais do SNS.

Cabe às IPSS "prestar cuidados de saúde de qualidade aos utentes do SNS, em tempo útil, nas melhores condições de atendimento, não estabelecendo qualquer tipo de discriminação".

Serão as ARS que irão "avaliar, de forma sistemática, a qualidade e acessibilidade dos cuidados prestados pelas IPSS".

Gripe Sazonal 2013/2014

A vacinação contra a gripe sazonal é fortemente recomendada para os grupos prioritários:
Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos, com 6 ou mais meses de idade, grávidas com tempo de gestação superior a 12 semanas, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados (lares de idosos, designadamente).

A vacina contra a gripe é gratuita para pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e está disponível nos centros de saúde, não necessitando de receita ou guia médica para ser administrada. 

Podem, também ser vacinadas gratuitamente as seguintes pessoas, mesmo que não tenham 65 ou mais anos de idade: 
 
residentes em lares de idosos de instituições particulares de solidariedade social (IPSS) com acordos de cooperação com a Segurança Social, residentes em lares de idosos das Misericórdias Portuguesas, residentes em Estabelecimentos Integrados para idosos (lares com gestão direta da Segurança Social), doentes integrados na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), profissionais de saúde do SNS com recomendação para serem vacinados, crianças e adolescentes institucionalizadas que apresentem doenças crónicas e condições para as quais se recomenda a vacina, pessoas com deficiência acolhidas em Lares de Apoio, Lares Residenciais e Centros de Acolhimento Temporário, pessoas apoiadas no domicílio pelos lares de idosos com acordo de cooperação com a Segurança Social ou Misericórdias Portuguesas, doentes apoiados pelos serviços de cuidados continuados dos ACES e não integrados na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), doentes internados em unidades de saúde dos ACES com internamento e doentes internados em hospitais do Serviço Nacional de Saúde que apresentem patologias crónicas e condições para as quais se recomenda a vacina.

Além dos grupos prioritários, está também aconselhada a vacinação às pessoas com idade entre os 60 e os 64 anos. A vacina deve ser administrada, de preferência em outubro.

A vacinação dos profissionais cuja atividade resulte num risco acrescido de contrair e/ou
transmitir gripe deve seguir os critérios definidos pelos respetivos Serviços de Segurança,
Higiene e Saúde no Trabalho.

II
Desabafo Eleitoral

No ainda rescaldo das ultimas eleições deixo aqui a minha opinião. Do meu ponto de vista a maioria dos que nos representam deveriam ser escolhidos, interpelados, aqueles com provas dadas na sociedade, nos seus postos de trabalho sejam eles quais forem. O esforço e trabalho devem ser valorizados como contributo para o debate social. Em contraponto ao profissionalismo politico ainda vigente. Penso que a profissionalização da vida política, sem uma carreira profissional e um trajeto autónomo, é mau para as pessoas, para a política e logo para o País. Talvez só seja bom para o mediatismo.

Acredito que os partidos conseguirão alterar a forma como as escolhas dos seus representantes é feita. Sem ceder a grupos e pressões mas fiel ao serviço que presta para o Pais. Qualquer escolha deve recair sobre um carácter sério, honesto, rigoroso, trabalhador, empenhado e dedicado às pessoas e aos seus problemas.

Julgo mesmo que, nos tempos que correm e face aos problemas atuais, as pessoas precisam de se reverem em pessoas com perfis menos mediáticos, mas mais competentes. Políticos que compreendam as dinâmicas sociais, os processos em curso e os caminhos de desenvolvimento e de melhoria das condições de vida para as pessoas, numa postura de proximidade, de simplicidade e serviço ao bem comum. Se tal for possível basta-me, como basta aos cidadãos comuns, que querem a politica como Serviço e não como Reino.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Bispos portugueses unânimes no apoio à petição “Um de Nós” - Renascença

Bispos portugueses unânimes no apoio à petição “Um de Nós” - Renascença

A Conferência Episcopal Portuguesa apoia inequivocamente a petição europeia "Um de Nós", em defesa da vida.

Depois de Bento XVI e do Papa Francisco se terem associado á iniciativa também a conferência episcopal portuguesa decidiu, em Junho, apoiar a campanha. Todas as dioceses estão mobilizadas para a recolha de assinaturas no próximo Domingo.

O padre Manuel Morujão, porta-voz da conferência episcopal, lembra que a Igreja tem de estar sempre ao lado da defesa da vida: “Evidentemente que a defesa da vida é de um âmbito universal, não é só da Igreja, mas a Igreja quis manifestar o seu apoio explícito, facilitando a recolha de assinaturas, que não chegue apenas aos mínimos. Que se ultrapasse um milhão de assinaturas ao nível europeu, e entre nós as 16 mil”.

O Dia Nacional de Recolha de Assinaturas está marcado para Domingo e em todas as dioceses foi pedida a colaboração dos padres: “A igreja pediu a ajuda dos párocos, para que recordem esta possibilidade, facilitem que aqueles que desejam pôr a sua assinatura tenham essa facilidade, e o façam Domingo, no final da missa, em cada paróquia. Por isso é que há um dia de recolha nacional, como houve noutros países”.

A atitude interventiva dos bispos pode não agradar a todos, mas para o padre Manuel Morujão deve até ser aplaudida. Contrariar o inverno demográfico em Portugal e na Europa é uma questão humanitária: "É uma urgência, concretamente no nosso país, que se promova a vida, porque não há renovação de gerações. Inverter esta tendência acho que é uma causa humanitária independentemente de religião, de ideologia, de preferências, porque é uma causa de todos nós. E por isso também esta iniciativa se chama 'Um de Nós'"

Em Portugal a Federação Portuguesa pela Vida, e outras organizações asseguram a recolha de assinaturas até 1 de Novembro.

Para além da campanha de angariação de assinaturas, em Portugal realiza-se no sábado, dia 5 de Outubro, uma caminhada pela vida, que parte do Marquês de Pombal às 15h, em direcção ao Rossio. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

PS quer recontagem de votos em Paredes - Renascença

PS quer recontagem de votos em Paredes - Renascença













O PS vai pedir ao Tribunal Constitucional a recontagem dos votos das autárquicas em Paredes, depois da assembleia de apuramento geral ter diminuído, de 73 para 58, a desvantagem socialista face ao PSD.
Alexandre Almeida, cabeça-de-lista do PS à Câmara de Paredes e líder da concelhia, explicou à Lusa que a diminuição da diferença decorre de irregularidades detectadas em duas freguesias, cujos resultados comunicados à tutela, disse, "eram diferentes dos que constavam das actas".
Segundo o dirigente, a assembleia de apuramento geral atribuiu mais 14 votos ao PS e retirou um voto ao PSD, comparativamente ao resultado que foi comunicado, no domingo, à Direcção-Geral da Administração Interna.
Com estas mudanças, o PSD manteve-se como o partido mais votado (19.145), mas o PS (19.087) diminuiu a diferença.
Os socialistas acrescentam que a assembleia de apuramento geral detectou outras irregularidades em várias freguesias do concelho.
Apesar disso, o pedido apresentado pelo PS no sentido da recontagem total dos votos foi rejeitado, o que motiva os socialistas no recurso para o Tribunal Constitucional.
Alexandre Almeida considera que, face às irregularidades detectadas, se impõe o esclarecimento de todas as dúvidas.
"Temos argumentos mais do que suficientes", disse, remetendo mais pormenores para um comunicado de imprensa posterior.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Materno-Infantil abre as portas até março - JN

Materno-Infantil abre as portas até março - JN

Materno-Infantil abre as portas até março


 
Com um atraso de três meses, devido a inúmeros erros de projeto, a primeira fase do Centro Materno-Infantil do Norte fica concluída até ao fim do ano. Em março, consulta e urgência de ginecologia e obstetrícia e internamento de pediatria já estarão em funcionamento no novo edifício, garantiu Sollari Allegro ao JN. 
 
O Centro Hospitalar do Porto (Santo António, Joaquim Urbano e Maternidade Júlio Dinis) assinala esta terça-feira o 6.º aniversário e o presidente do Conselho de Administração faz o ponto da situação da reestruturação em curso, com a abertura do CMIN e fecho do Joaquim Urbano em 2014. E lança alguns objetivos para o futuro: centralizar as análises e exames de diagnóstico num laboratório único, juntar todas cirurgias no bloco central e as consultas no ex-CICAP.

Sollari Allegro realiza esta terça-feira, juntamente com responsáveis da Administração Regional da Saúde (ARS) do Norte, a última visita às obras do CMIN. Devido "a inúmeros erros e omissões" , a construção sofreu atrasos e só deverá estar concluída em dezembro. "A 2 de janeiro, iniciamos a mudança dos equipamentos e das pessoas da maternidade para o novo edifício e, até março, os serviços estarão em funcionamento no Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN)", explica Allegro.

A descida da taxa da natalidade - patente na redução de mais de 1300 partos em seis anos, no CHP - levou a um redimensionamento da capacidade do CMIN que, em vez das 350 camas previstas, terá 183. Metade dos partos realizados na Maternidade Júlio Dinis são de alto risco e o CMIN está vocacionado dar resposta a toda a região, sublinha o presidente da Administração, em resposta aos críticos da construção do Materno-Infantil, prometido há 20 anos, quando há uma queda do número de partos.

Para o próximo ano, o Joaquim Urbano deve encerrar. Os doentes e o pessoal clínico vão passar para o 6.0º andar do Santo António, onde vão ser instalados cinco quartos de isolamento com pressão negativa, além de 28 camas.

Concluída a reestruturação das unidades hospitalares, Sollari Allegro ambiciona terminar a organização dos espaços: passar o bloco operatório do edifício neoclássico para o bloco central, transferir todas as consultas para o ex-CICAP, reunir na ala Sul os serviços de neurologia. "Só com a casa arrumada, poderemos ter uma gestão mais racional."

Outro objetivo é centralizar os exames de diagnóstico num único laboratório, que realizará não só todas as análises do CHP como poderá servir os centros de saúde da cidade.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A tramoia vem de longe

Na abertura do primeiro Congresso do Serviço Nacional de Saúde - "Património de todos", o denominado "pai" do SNS afirmou que "há em Portugal certa gente que, servindo certos interesses, quer destruir o Estado Social e fazer da saúde um negócio, parasitando e degradando o SNS até o reduzir a um serviço do tipo assistencial para os mais pobres".
 
"O que se pretende é, através do engodo da livre escolha, obter um novo financiamento do Estado para salvar certas unidades em situação deficitária que não têm procura para a capacidade instalada", acusou. 
 
António Arnaut lembrou a propósito que o setor privado já é hoje em dia financiado em mais de 30% pelo SNS, através do SIGIC, das convenções e dos subsistemas de saúde.
"A ADSE pagou-lhe, em 2011, 492 milhões de euros", sublinhou.
 
O responsável considera que "a direita dos interesses, aproveitando os ventos neoliberais que sopram da Europa, não Na desistiu do projeto da destruição do Estado Social, de que o SNS é a trave mestra".
 
"Os privilegiados e o grande capital pensam que o mundo é a sua coutada e os trabalhadores e pobres o seu rebanho", disse, dirigindo em seguida as suas "preocupações" Ministério da Saúde.
 
Interpelando diretamente o secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, António Arnaut lembrou toda a história do nascimento do SNS e frisou que um serviço de saúde "tendencialmente gratuito não pode significar tendencialmente pago, como está a acontecer".
 
Considerando que "na doença todos devem ser iguais em dignidade e direitos", o responsável afirmou que o SNS é uma espécie de seguro social, que realiza o princípio de que "todos são responsáveis por todos e os que podem pagam para os que mais precisam".
"Mas esse pagamento deve ser feito na repartição de finanças, segundo os rendimentos de cada contribuinte, e não no ato da prestação do cuidado, segundo a categoria sócio económica do utente", salientou, defendendo que as taxas moderadoras não podem alcançar um nível que dificulte ou impeça o acesso universal dos cidadãos, como considera estar a acontecer.
 
António Arnaut reconhece o "esforço do Ministério da Saúde para atenuar as restrições que lhe são impostas", mas considera que os governantes podem evitar algumas "anomalias e injustiças".

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Espírito Santo prepara entrada em bolsa da Espírito Santo Saúde

Holding’ do Grupo Espírito Santo para a área não-financeira quer colocar em bolsa entre 25% e 40% do capital da empresa que gere o Hospital da Luz. Objectivo é realizar a dispersão até ao final do ano. 
 
O Grupo Espírito Santo (GES) está a preparar a colocação em bolsa de 25% a 40% do capital da Espírito Santo Saúde, sem perder o controlo desta área de negócio. Se as condições de mercado o permitirem, a operação poderá acontecer ainda em 2013, revelou ao Diário Económico João Pena, presidente-executivo da Rioforte, ‘holding' do GES para os activos não-financeiros, e principal accionista da ES Saúde, que controla o Hospital da Luz e gere em regime de parceria público-privada o Hospital de Loures.

"Está em marcha a preparação de uma operação de colocação em bolsa da Espírito Santo Saúde na praça de Lisboa", diz João Pena no âmbito de uma entrevista a publicar na edição de amanhã do Diário Económico. O objectivo é dispersar entre 25% e 40% do capital da empresa, o que deverá passar pela redução da participação de cerca de 50% que a Rioforte controla na ES Saúde. "O modelo de diluição ainda não está definido. Mas tendo em atenção que o objectivo é criar liquidez para o accionista, obviamente que a Rioforte [que controla cerca de 50% do capital da ES Saúde] irá diluir a sua posição e depois iremos ver qual o interesse dos nossos colegas accionistas de nos acompanhar nessa diluição".

As contas e os retornos (liquidez) dos avultados investimentos começam a ficar comprometidos. Vamos ver quem pesca... os espanhóis já estiveram por cá e já foram embora, os brasileiros entrarão a pouco no HPP...... 



Contas dos Hospitais disparam

Em Julho, os resultados operacionais derraparam 126,6% em relação ao período homólogo de 2012. Custos não só não baixaram, como estava estipulado no Memorando de entendimento com a troika, como até subiram 1,7%.
As contas dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estão cada vez piores. Os últimos dados da monitorização mensal do SNS revelam que no final de Julho o buraco nos resultados operacionais atingia os 330,2 milhões de euros, o que representa um agravamento de 126,6% (184,4 milhões) em relação ao montante registado em igual período de 2012.

A análise aos números divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) permitiu concluir que em Julho, dos 38 hospitais e centos hospitalares e oito unidades locais de saúde (entidades que integram o hospital e os centros de saúde da sua área de atendimento) só cinco tinham resultados operacionais positivos: o Hospital de Santa Maria Maior, (291,2 mil euros); o Centro de Medicina e Reabilitação Rovisco Pais (122,5); o Hospital José Luciano de Castro (618,5); e as ULS de Castelo Branco (243,3) e do Litoral Alentejano (6,6 milhões). Um ano antes, o número de unidades com resultados positivos era de 18.

Em termos homólogos, só seis unidades registaram uma melhoria neste indicador, os centros hospitalares da Cova da Beira, Barreiro/Montijo, Médio Tejo, Setúbal, o Hospital José Luciano de Castro e a ULS do Litoral Alentejano. Convém referir ainda que, em termos mensais, este indicador derrapou 36,7 milhões face a Junho, depois de até ter registado uma diminuição de 60,1 milhões em relação a Maio. Esta tendência, no entanto, também se verificou o ano passado e a redução do buraco até foi bem maior (102,2 milhões).

O Centro Hospitalar Lisboa Norte apresenta não só o resultado operacional mais negativo (77,1 milhões) como a derrapagem homóloga mais acentuada (32,1 milhões). Isto apesar de até ter sido das poucas unidades que conseguiram reduzir os custos operacionais no período em análise. Só oito reduziram custos. A análise de cada uma das fichas da monitorização mensal permite verificar que a grande maioria dos hospitais não está a conseguir baixar os custos operacionais. Com efeito, só oito unidades conseguiram reduzir as suas despesas face a Julho de 2012: além do já referido CH Lisboa Norte, os institutos de Oncologia do Porto e de Coimbra, o Hospital da Figueira da Foz, o Instituto de Oftalmologia Gama Pinto, os centros hospitalares Médio Tejo e Barlavento Algarvio e a ULS do Norte Alentejano.

Em termos globais, os custos operacionais atingiram os 2845 milhões de euros no final de Julho, ou seja, mais 48,6 milhões (1,7%) que em igual período de 2012. Recorde-se que o Memorando da troika previa um corte de 15% nos custos operacionais.

Confrontada pelo i, a porta-voz da ACSS justificou a derrapagem dos números com a decisão do Tribunal Constitucional: "Não se trata de uma derrapagem. A decisão do TC, que reintroduziu os subsídios de férias e de Natal, tem nos primeiros sete meses do ano um impacto nos custos dos EPE de 83 milhões. Adicionalmente, o aumento das contribuições para a Caixa Geral de Aposentações tem um impacto nos custos de 63 milhões. Significa que só nestas duas rubricas há um agravamento de custos de 146 milhões, o que significa que nas restantes os hospitais estão a gastar menos."

Face a esta justificação pode concluir-se que, mesmo descontando 146 milhões nos resultados operacionais, esta rubrica estaria pior 38,5 milhões que em Julho de 2012.
Em relação ao EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), os dados da ACSS indicam que este indicador também está bem pior que há um ano. No final de Julho atingia os 237,5 milhões de euros, o que representa um agravamento de 173 milhões face ao valor global registado em igual mês do ano passado.
Em Julho deste ano, só 13 unidades tinham um EBITDA positivo. Um ano antes eram 28.

Depois temos a constatação de que a equipa ministerial da saúde tem 52 funcionários, que custam mais de um milhão de euros ao ano. Adicione-se a estes custos a compra de serviços de consultoria a elevados preços, muitas vezes de qualidade duvidosa se submetidos a revisão de pares, e para decisões em que um ministro especialista do sector também não necessitaria. Este é, aliás, um fenómeno observado ao nível de muitos conselhos de administração de hospitais, administração central e institutos tutelados pelo Ministério da Saúde. Trata-se de um problema estratégico encoberto na administração pública do sector da saúde. O desrespeito para com as efectivas competências técnicas e científicas de gestão em saúde, disponíveis mas desaproveitadas em Portugal, merece fazer parte das notas negativas da troika a Portugal. 
 
Eis um fenómeno que uma cortina de silêncio mantém fora do debate sobre o futuro do SNS.

DGS apela a vacinação contra a gripe com doses gratuitas acima dos 65 anos

Idosos, grávidas, doentes crónicos e profissionais de saúde são os grupos prioritários. Mas a vacina também é recomendada a quem tem menos de 64 anos, estando disponível mediante receita médica nas farmácias. 

A vacina deve ser tomada o mais cedo possível mas é válida até Dezembro.
 
A Direcção-Geral da Saúde já enviou uma orientação a todos os médicos, farmacêuticos e enfermeiros onde apela a que a vacina contra a gripe seja dada aos grupos de riscos preferencialmente até Dezembro. À semelhança do ano passado, as pessoas com mais de 65 anos vão poder recebê-la gratuitamente nos centros de saúde.

Em termos de grupos prioritários, a vacina deve ser dada às pessoas com mais de 65 anos, a todos os que tenham doenças crónicas, às crianças com mais de seis meses, às grávidas com mais de 12 semanas de gestação e aos profissionais de saúde ou cuidadores que trabalhem com idosos ou crianças. A vacina é também recomendada aos menores de 64 anos.

“A vacina contra a gripe é gratuita para pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e está disponível nos centros de saúde, não necessitando de receita médica ou guia de tratamento para ser administrada. Neste grupo etário pretende-se atingir uma taxa de vacinação de, pelo menos, 60%”, explica a Direcção-Geral da Saúde. A vacina está disponível a partir de dia 1 de Outubro.
No último Inverno, o primeiro em que foi gratuito para este grupo, as estimativas apontam para que se tenham vacinado 55% das pessoas com 65 ou mais anos. Mesmo assim, o objectivo de convergir com as metas da Organização Mundial da Saúde de ter 75% da população imunizada ainda está longe de alcançado.

A vacina é também gratuita para quem esteja internado em instituições particulares de solidariedade social (IPSS), nas misericórdias ou lares ligados à Segurança Social, bem como a doentes integrados na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e a crianças ou deficientes institucionalizados.

Neste Inverno de 2013/2014, a vacina contra a gripe sazonal, à semelhança dos outros anos, vai proteger as pessoas das três estirpes do vírus que a Organização Mundial da Saúde previu que mais vão circular: A(H3N2), B/Yamagata e A(H1N1) — esta última idêntica à da gripe pandémica de 2009.

Para as pessoas não incluídas nos grupos abrangidos pela vacinação gratuita, a vacina é disponibilizada nas farmácias, nos mesmos moldes das épocas anteriores, através de prescrição médica. As receitas emitidas a partir de dia 1 de Agosto onde seja apenas prescrita a vacina contra a gripe são válidas até dia 31 de Dezembro.

Da gripe …à pneumonia
 
As principais causas de morte nos hospitais públicos em 2012, considerando algumas patologias específicas, foram a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e a pneumonia. No ano passado, 10.313 pessoas morreram devido a esta doença pulmonar progressiva e 8847 com pneumonia, indicam os dados preliminares de 2012 da morbilidade dos hospitais no Serviço Nacional de Saúde do continente, divulgados em Julho pela Direcção-Geral da Saúde.

São dados que representam um ligeiro aumento face a 2011, ano em que se registaram 8530 mortes por pneumonia nos hospitais públicos e 9848 por doença pulmonar obstrutiva crónica. Estas estatísticas contemplam apenas a realidade hospitalar, avisou na altura Paulo Nogueira, director de serviços de informação e análise da DGS, que nota que em Portugal as doenças do aparelho circulatório, em geral, continuam a ser as principais causas de morte. Paulo Nogueira explicou também que em 2012 houve uma epidemia de gripe que afectou sobretudo pessoas mais idosas, algumas das quais acabaram por morrer com pneumonia.

A vacinação contra a gripe é fundamental para prevenir a doença e a transmissão. A gripe é a principal doença do adulto prevenível pela vacinação e, no nosso país, esta infecção é responsável por milhares de internamentos hospitalares e centenas de óbitos. Na Europa, estima-se que o excesso médio de óbitos associados à gripe seja de 40 mil por época. Em Portugal, a média ao longo de várias épocas foi de cerca de 2400 óbitos.
 
A gripe é uma infecção aguda viral provocada pelo vírus influenza, que afecta sobretudo o sistema respiratório. No adulto, o quadro clínico típico caracteriza-se pelo aparecimento súbito de mal-estar geral, febre, dores musculares e nas articulações, arrepios, dor de cabeça e corrimento nasal.