Neste momento a rede, está em crescimento tentando cobrir as necessidades territoriais do nosso país e trata-se de um modelo de actuação junto dos utentes inovador, pois congrega esforços de profissionais de saúde e da segurança social.
A acção da RNCCI centra-se num nível intermédio de cuidados de saúde e de apoio social, entre a base comunitária e o internamento hospitalar. Os cuidados continuados integrados são constituídos por:
1. Unidades de Internamento
Unidades de convalescença
Unidades de média duração e reabilitação
Unidades de longa duração e manutenção
Unidades de cuidados paliativos
2. Unidades de Ambulatório
Unidade de dia e de promoção de autonomia
3. Equipes Hospitalares
Equipas de gestão de altas
Equipas intra-hospitalares de suporte em cuidados paliativos
4. Equipas domiciliárias
Equipes de cuidados continuados integrados
Equipes comunitárias de suporte em cuidados palitivos
Até ao momento a acção da RNCCI tem-se centrado sobretudo nas unidades de internamento que se articulam directamente com as equipes hospitalares. Os hospitais de agudos querem libertar mais camas enviando os doentes para as unidades de internamento que melhor se adequam á situação da pessoa. A grande maioria das unidades de internamento localizam-se nos hospitais das Misericórdias. Embora instituições privadas também façam parte de RNCCI, como é o caso da Clínica Radelfe no nosso concelho.
As unidades de ambulatório sobrepõem-se com os centros de dia que já existem, duplicando os serviços. As equipes domiciliárias em cuidados continuados integrados são da responsabilidade dos centros de saúde e das equipes de apoio social. Suponho que o proposto não será uma duplicação de serviços (a bem do erário público) mas sim uma integração dos serviços já existentes, não perdendo a sua autonomia mas agora ligados á RNCCI.
As unidades de internamento diferenciam-se pelo tipo de cuidados prestados:
Unidades de convalescença
A unidade de convalescença é uma unidade de internamento, independente, integrada num hospital de agudos ou noutra instituição, se articulada com um hospital de agudos, para prestar tratamento e supervisão clínica, continuada e intensiva, e para cuidados clínicos de reabilitação, na sequência de internamento hospitalar originado por situação clínica aguda, recorrência ou descompensação de processo crónico. Tem por finalidade a estabilização clínica e funcional, a avaliação e a reabilitação integral da pessoa com perda transitória de autonomia potencialmente recuperável e que não necessita de cuidados hospitalares de agudos. Destina-se a internamentos com previsibilidade até 30 dias consecutivos por cada admissão.
Unidades de média duração e reabilitação
A unidade de média duração e reabilitação é uma unidade de internamento, com espaço físico próprio, articulada com o hospital de agudos para a prestação de cuidados clínicos, de reabilitação e de apoio psicossocial, por situação clínica decorrente de recuperação de um processo agudo ou descompensação de processo patológico crónico, a pessoas com perda transitória de autonomia potencialmente recuperável. Tem por finalidade a estabilização clínica, a avaliação e a reabilitação integral da pessoa. O período de internamento na unidade de média duração e reabilitação tem uma previsibilidade superior a 30 e inferior a 90 dias consecutivos. A unidade de média duração e reabilitação pode diferenciar-se na prestação de cuidados clínicos, de reabilitação e sociais a pessoas com patologias específicas.
Unidades de longa duração e manutenção
A unidade de longa duração e manutenção é uma unidade de internamento, de carácter temporário ou permanente, com espaço físico próprio, para prestar apoio social e cuidados de saúde de manutenção a pessoas com doenças ou processos crónicos, com diferentes níveis de dependência e que não reúnam condições para serem cuidadas no domicílio. Tem por finalidade proporcionar cuidados que previnam e retardem o agravamento da situação de dependência, favorecendo o conforto e a qualidade de vida, por um período de internamento superior a 90 dias consecutivos. A unidade de longa duração e manutenção pode proporcionar o internamento, por períodos inferiores, em situações temporárias, decorrentes de dificuldades de apoio familiar ou necessidade de descanso do principal cuidador, até 90 dias por ano.
Unidades de cuidados paliativos
A unidade de cuidados paliativos é uma unidade de internamento, com espaço físico próprio, preferentemente localizada num hospital, para acompanhamento, tratamento e supervisão clínica a doentes em situação clínica complexa e de sofrimento, decorrentes de doença severa e ou avançada, incurável e progressiva, nos termos do consignado no Programa Nacional de Cuidados Paliativos do Plano Nacional de Saúde. As unidades podem diferenciar-se segundo as diferentes patologias dos doentes internados.
Constitui objectivo geral da Rede a prestação de cuidados continuados integrados a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência.
Os cuidados continuados integrados incluem-se no Serviço Nacional de Saúde e no Sistema da Segurança Social, estendem-se por períodos que se prolongam para além do necessário para tratamento da fase aguda da doença e visam:
• A reabilitação, a readaptação e a reintegração social;
• A provisão e manutenção do conforto e qualidade de vida, mesmo em situações irrecuperáveis.
Os cuidados paliativos centram-se no alívio do sofrimento das pessoas, na provisão de conforto e qualidade de vida e no apoio às famílias, segundo os níveis de diferenciação consignados no Programa Nacional de Cuidados Paliativos do Plano Nacional de Saúde.
Os objectivos da Rede de Cuidados Continuados Integrados incluem o desenvolvimento de um continuum de cuidados, desde a alta hospitalar até ao domicílio do doente, promovendo a sua autonomia de modo a obter ganhos na sua qualidade de vida.