sábado, 23 de outubro de 2010

Urgência do Hospital de Lousada só até Abril de 2011


O Serviço de Atendimento Permanente ( vulgo Urgência) do Hospital da Misericórdia de Lousada irá funcionar apenas até Abril de 2011. Segundo notícia no jornal local TVS.

Estão a decorrer negociações com as entidades responsáveis, mas o modelo será semelhante para as outras Misericórdias da região do Vale do Sousa (Felgueiras e Marco de Canaveses), será o fim de um serviço de recurso?

Se a Urgência do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (em Penafiel) já é confusa com determinadas equipes, a confirmar-se o pior cenário, será caótica todos os dias.

Aguardemos pelos desenvolvimentos



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

ADSE

O sistema de protecção na doença dos trabalhadores do estado (a ADSE) deve acima de 300 milhões de euros aos hospitais públicos. Este é mais um buraco que os nossos impostos lá terão que tapar. Este sub-sistema de saúde há muitos anos que acumula prejuízos, mas como existe uma fonte inesgotável, que são as contribuições de todos os portugueses, alguns lá vão mantendo o direito á assistência pela ADSE.

O Governo quer reduzir custos com a ADSE e para isso vai rever as tabelas de comparticipações na saúde dos funcionários públicos e os contratos com os prestadores de serviços ao seu subsistema de saúde. Esta é uma das formas encontradas para a redução de encargos no sistema anunciada na semana passada.

A redução de encargos com a ADSE acompanha a política de redução de custos do Estado com a Saúde, de que é exemplo a recente diminuição nas comparticipações dos medicamentos e a eliminação da gratuitidade dos medicamentos para os idosos de menores rendimentos.

As contribuições para a ADSE irão gerar uma receita na ordem dos 600 milhões de euros em 2011, de acordo com uma estimativa feita pelo diretor geral do subsistema de saúde dos funcionários públicos. De acordo com Luís Pires, as contribuições de 3 por cento que os serviços vão passar a descontar por cada trabalhador inscrito a partir do próximo ano rondará os 400 milhões de euros. Este valor somar-se-á às contribuições de 1,5 por cento dos beneficiários, que gera receitas na ordem dos 200 milhões de euros.

Os encargos do Estado com a ADSE vão ser reduzidos, graças à contribuição das entidades patronais, a um novo modelo de fixação dos limites para os valores dos reembolsos e à revisão das convenções. Toda a medicação receitada a beneficiários da ADSE passa a ser despesa do SNS, tal como a despesa com a hemodiálise, que vai sofrer cortes de seis por cento.

«Em 2011, serão tomadas medidas de racionalização e redução dos encargos com a ADSE», pode ler-se na proposta do Orçamento do Estado para 2011 (OE). Assim, estão previstas «medidas de racionalização e controlo do volume de actos e serviços de saúde elegíveis para comparticipação por beneficiário», um «controle da quantidade de medicamentos elegíveis para comparticipação por beneficiário» e ainda a «revisão das tabelas dos actos e serviços de saúde elegíveis para comparticipação».

«Para o consumo de medicamentos através das farmácias serão exigidos os mesmos requisitos que, actualmente, já são cumpridos pelos prestadores convencionados, muito especialmente, o envio de ficheiros de dados com a identificação dos beneficiários, de modo a proceder a uma avaliação da frequência de consumo. Por outro lado, espera-se beneficiar da recente política de comparticipações estabelecida pelo Ministério da Saúde», explica o OE2011.

«No decurso de 2011 serão revistos o número de actos e serviços de saúde sendo eliminados aqueles que não tenham uma especificação médica pertinente. Do mesmo modo serão revistas as tabelas de comparticipação com base nos mesmos princípios de racionalização e de adequada fundamentação médica», acrescenta.

Entre as medidas conta-se ainda a «revisão de procedimentos e preços no regime livre», sendo introduzido «um novo modelo de fixação dos limites para os valores dos reembolsos que será sustentado na correlação com os preços praticados pelos prestadores convencionados para os actos que registem maior frequência. Este modelo estará definido no novo normativo que estabelecerá a organização do regime de benefícios da ADSE».

O Governo pretende ainda rever as convenções com prestadores de serviços de saúde, procedendo «à definição de preços diferenciados em função das condições técnicas dos prestadores, para além da revisão de tabelas, designadamente da medicina nuclear e da patologia clínica. Serão ainda revistas as situações contratuais de prestadores que utilizam as tabelas do Ministério da Saúde com preços calculados através do método dos Grupos de Diagnósticos Homogéneos».

Isto significa que lentamente o Estado deixará de estar directamente implicado na recorrente cobertura de prejuízos da ADSE, criando condições para que esta seja autónoma na sua gestão, dizem eles…




in Tribuna Pacense a 22.10.2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa

Parece que o estado de graça do CA do CHTS terá já acabado (isto se é que chegou a existir), após a conturbada passagem de testemunho de José Alberto Marques para Jose Luís Catarino.

Começam a surgir rumores, inquietações.....
Alguns dos empossados não têm qualquer experiência hospitalar, e foram-lhes atribuidas competências em áreas diferenciadas, como a farmácia, internamentos, aprovisionamento... link.

A anunciada redução de 7 para 5 administradores nos CA do hospitais EPE pela tutela, já fez esticar a corda, segundo noticia o Forum do Vale do Sousa, "a redução só poderá ter efeito no final do mandato, caso contrário haverá lugar ao pagamento de indemnizações". Estes senhores... enfim.


Hospital da Misericórdia


Feliz ou infelizmente o casamento entre a CESPU e a Misericórdia de Paços de Ferreira tem os dias contados, segundo O Verdadeiro Olhar, e o Imediato.

O gigante Radelfe parece levar a melhor...

Mas a Misericórdia poderá agora, em nome próprio, aspirar a outros voos, assim o queira esta Mesa Administrativa.

Basta estar atento ....




sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Serviços Públicos

Os Serviços Públicos são muitos e variados. Água, Luz, Telefone\Internet, Finanças, Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Escolas, Serviços de Saúde (Hospitais e Centros de Saúde), Polícias, Correios, Bancos (pois quem consegue na sua rotina diária não ter uma conta bancária, cartão de débito, etc), alguns Transportes (cada vez menos!) sejam rodo ou ferro viários ou mesmo fluviais e aéreos.

Alguns dos serviços públicos são já geridos por privados, ou sob o direito privado embora públicos, ou são mesmo 100% privados. Embora alguns, cada vez menos, ainda sejam do Estado, Públicos portanto.

Queria agora centrar-me numa particularidade dos nossos serviços públicos: o horário de atendimento ao público.

Numa sociedade em que cada vez mais a pressão sob os trabalhadores é maior, no sentido de não existirem quebras na sua produção diária, e em que uma falta ou ausência (ainda que previsivelmente curta) para se deslocar ao Banco ou ao Médico ou á Câmara Municipal, não é vista com bons olhos. Porque não, ter um dia de horário alargado? Para atender aqueles casos, em que é mesmo difícil ausentar-se do trabalho.

Nos EUA existe um dia da semana em que os Bancos fecham pelas 20h. Determinados serviços estão abertos ao público ao sábado de manhã, bancos e correios. Funcionando normalmente. Os médicos de família têm um horário mais alargado, como a maioria dos nossos Médicos Dentistas.

Porque razão, se temos de tomar a nossa vacina do tétano ou ver as nossas tensões arteriais, tem que ser ás 14.45h ou ás 11.05h??!!!. E não ás 19.05h ou mesmo mais tarde. Bem sei que nas USF até às 20h já se consegue agendar grande parte das necessidades dentro das expectativas e possibilidades de cada um. Mas as USF não cobrem a totalidade das populações inscritas nos nossos Centros de Saúde, deixando de fora desta possibilidade enumeros utentes.

Os serviços têm de estar ao serviço do cidadão e não o inverso. Eles só existem porque são necessários para as pessoas e têm de acompanhar as necessidades e constrangimentos que a sociedade actual nos impõe.

Mas nem em tudo estamos atrasados em relação aos países mais desenvolvidos. Veja-se o caso da cobrança em movimento nas auto-estradas, a nossa Via Verde, foi e é um caso de inovação. Um outro caso é o nosso Multibanco, gerido pela SIBS. Permite múltiplas aplicações desde transferências, pagamentos, levantamentos, etc,ect aplicativos que outros países europeus ainda não têm tão desenvolvidos.


Estes dois exemplos demonstram como os serviços podem ir de encontro ao que os cidadãos desejam. Com soluções avançadas e que facilitam o nosso dia a dia.

in Tribuna Pacense a 08.10.2010